"AQUI SE FAZ... MAS LÁ SE PAGA!". Lucas 16.19-31

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Nossa pena pelo pecado já foi paga por Jesus, por isso não tememos mais o inferno, estamos seguros de que iremos para o céu. ‌

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Grande ideia: Nossa pena pelo pecado já foi paga por Jesus, por isso não tememos mais o inferno, estamos seguros de que iremos para o céu.
Estrutura: o que se faz aqui em nosso tempo (vv. 19-21), o que se paga lá na eternidade (vv. 22-31).
Donald B. Kraybill:
Normalmente conhecido como a história de Lázaro e do Rico, um título melhor poderia ser: “Surpreendido pelo Inferno”. Jesus provavelmente dirigiu essa história aos ricos saduceus em Jerusalém que duvidavam da existência de uma vida após a morte. Também pode ser a resposta de Jesus aos pedidos incessantes de um sinal miraculoso.
Mateus 25.39–40 (NAA)
39 E quando foi que vimos o senhor enfermo ou preso e fomos visitá-lo?” 40 — O Rei, respondendo, lhes dirá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o fizeram a um destes meus pequeninos irmãos, foi a mim que o fizeram.”
Mateus 25.44–46 (NAA)
44 — E eles lhe perguntarão: “Quando foi que vimos o senhor com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não o socorremos?” 45 — Então o Rei responderá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o deixaram de fazer a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixaram de fazer.” 46 E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.
Na cena do julgamento final, eles aparecem novamente. As pessoas são recompensadas ou condenadas por sua resposta ao faminto, ao sedento, ao nu, ao estrangeiro, ao prisioneiro e ao enfermo (Mt 25.31-46). No Oriente, essas palavras incitam a imagem da morte. São pessoas sem esperança. Estas são pessoas sobrecarregadas de sofrimento. A vida para eles é muito miserável para ser chamada de vida. Jesus traz vida para aqueles que são tão bons quanto mortos. Ele traz cura, audição, andar, falar, sanidade, pureza e liberdade. Essas imagens de transformação sinalizam a era da salvação. O Messias está aqui. A restauração está completa. Agora é o ano aceitável do Senhor.
1. O que se faz. (vv. 19-22)
(a) O homem rico: se vestia bem e gostava de uma ostentação: roupas roxas finas e roupas intimas egípcias.
Lucas 18.24–25 (NAA)
24 Jesus, vendo-o assim triste, disse: — Como é difícil para os que têm riquezas entrar no Reino de Deus! 25 Porque é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
Ezequiel 16.49 (NAA)
49 Eis que esta foi a iniquidade de sua irmã Sodoma: ela e as suas filhas foram orgulhosas, tiveram fartura de pão e próspera tranquilidade, mas nunca ampararam os pobres e os necessitados.
Salmo 49.12–13 (NAA)
12 Todavia, o ser humano não permanece em sua ostentação; pelo contrário, é como os animais, que perecem. 13 Tal proceder é tolice deles; mas os seus seguidores aplaudem o que eles dizem.
(b) O mendigo (era um “cuspido”): tinha um nome (Lázaro), estava ferido (repleto de chagas) e tinha fome.
Mateus 15.27 (NAA)
27 A mulher disse: — É verdade, Senhor, pois os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.
(c) O mendigo morre (é lavado pelos anjos para junto de Abraão) e o rico morre e é sepultado.
SEIO DE ABRAHAM (Ἀβραάμ κόλπον, Abraam kolpon). Um termo que Cristo usa para se referir a um lugar para os espíritos dos justos mortos (Lucas 16:22, 23). Ele a usa na parábola de Lázaro e o Homem Rico - o homem rico vai para o Hades e Lázaro vai para o seio de Abraão.
A imagem é tirada da antiga prática de reclinar-se à mesa (ver João 21:20). O Antigo Testamento usava a expressão “ser reunido ao seu povo (ou pais)” (ver Gn 25:8; 49:33; Jz 2:10; 2 Rs 22:20). Todos os indivíduos — justos ou injustos — poderiam ser “reunidos ao seu povo”.
Não é possível determinar exatamente o que Cristo quis dizer - ele usa essa expressão apenas em uma única parábola. A linguagem que ele usa para descrever Sua “casa do Pai” parece indicar uma realidade diferente (ver João 14:2). O seio de Abraão pode ser o mesmo que o “Paraíso” mencionado em Lucas 23:43.
Barry, John D., David Bomar, Derek R. Brown, Rachel Klippenstein, Douglas Mangum, Carrie Sinclair Wolcott, et al., orgs., “Abraham’s Bosom”, The Lexham Bible Dictionary (Bellingham, WA: Lexham Press, 2016)
Mateus 8.11 (NAA)
11 Digo a vocês que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos Céus.
Provérbios 14.32 (NAA)
32 O ímpio é derrubado pela sua maldade, mas o justo, até na morte tem esperança.
2. O que se paga. (vv. 23-31)
(a) No “inferno” o rico está em tormentos. Ele vê ao longe a Lázaro com Abraão.

Palavra grega que significa “o invisível”. Os gregos deram primeiramente esse nome ao “rei” do mundo invisível; e, depois, ao “lugar profundo” onde repousam os espíritos uma vez despojados dos seus corpos. Traduzido por “inferno”, no NT o “hades” é o oposto ao céu (Mt 11:23; Lc 10:15) e está associado à morte (Mt 16:18; Ap 1:18; 20:13–14).

(b) O grito de dor daquele pobre homem rico é doloroso: mas Deus garante a saciedade dos “pobres e necessitados”.
Lucas 16.24 (BKJ 1611)
24 E, ele gritando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia a Lázaro para que ele possa molhar a ponta de seu dedo na água e refrescar a minha língua, porque eu estou atormentado nesta chama.
Isaías 41.17–18 (NAA)
17 “Os pobres e necessitados buscam água, mas não a encontram; a língua deles está ressequida de sede. Mas eu, o Senhor, os ouvirei, eu, o Deus de Israel, não os abandonarei. 18 Abrirei rios no alto dos montes e fontes no meio dos vales; transformarei o deserto em lençóis de águas e a terra seca, em mananciais.
(c) Abraão expõe os contrastes aqui: o rico recebeu os bens na terra, e Lázaro só recebeu males. Agora, Lázaro recebe consolo enquanto o rico agonizasse em tormentos.
Lucas 6.20 (NAA)
20 Então, olhando para os seus discípulos, Jesus lhes disse: — Bem-aventurados são vocês, os pobres, porque o Reino de Deus é de vocês.
Lucas 6.24 (NAA)
24 — Mas ai de vocês, os ricos, porque vocês já receberam a consolação!
Filipenses 3.18–19 (NAA)
18 Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu lhes dizia e agora digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. 19 O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está naquilo de que deviam se envergonhar, visto que só pensam nas coisas terrenas.
Salmo 9.17 (NAA)
17 No inferno serão lançados os perversos, todas as nações que se esquecem de Deus.
Mateus 25.41 (NAA)
41 — Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: “Afastem-se de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.
(d) Há de modo muito claro um “grande abismo” entre os dois mundos: seio de Abraão e Hades.
João 3.33–36 (NAA)
33 Quem, porém, aceita o testemunho que ele dá certifica que Deus é verdadeiro. 34 Pois aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus não dá o Espírito por medida. 35 O Pai ama o Filho e entregou todas as coisas nas mãos dele. 36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.
(e) Agora estamos diante de um pedido inusitado: o rico pede um outro testemunho para evitar que seus parentes estejam indo para aquele lugar de tormento.
Lucas 16.16–17 (NAA)
16 — A Lei e os Profetas duraram até João; desde esse tempo o evangelho do Reino de Deus vem sendo anunciado, e todos se esforçam para entrar nele. 17 E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei.
2Coríntios 4.1–4 (NAA)
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi dada, não desanimamos. 2 Pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas que trazem vergonha, não agindo com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus. E assim, pela manifestação da verdade, nos recomendamos à consciência de todos na presença de Deus. 3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que ele está encoberto, 4 nos quais o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
(f) Em suma:
Se as parábolas de Lucas 15 falam da misericórdia e commpaixão de Deus com relação ao arrependido, essa que acabamos de analisar apresenta, de forma muito clara, a justiça e a justa indignação com relação aos que morreram sem arrependimento.
Romanos 1.18 NAA
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos seres humanos que, por meio da sua injustiça, suprimem a verdade.
3. Outras aplicações:
(a) A riqueza que os homens aqui na terra valorizam tanto, para Deus não significa absolutamente nada. Definitivamente os ricos avarentos não herdarão o “reino dos céus”.
Mateus 19.23–24 (NAA)
23 Então Jesus disse aos seus discípulos: — Em verdade lhes digo que um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus. 24 E ainda lhes digo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
https://bibliaseensina.com.br/3-explicacoes-sobre-passar-um-camelo-pelo-fundo-de-uma-agulha/
A Bíblia de estudo King James Fiel traz um comentário interessante sobre o que seria a expressão “passar um camelo pelo fundo de uma agulha”.
Acredita-se que isso era um ditado popular entre os contemporâneos de Cristo naquela época, usada para destacar como certa coisa era impossível de se fazer, isso explicaria a instantânea pergunta que fizeram aqueles que estavam ouvindo a Jesus naquele momento:
Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se? (Mateus 19:25 ACF)
Imaginasse então com isso que eles já estavam acostumados a dizer frases como “você está tentando passar um pelo fundo de uma agulha, não vai conseguir fazer isso!”, e por isso quando Jesus disse “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”, eles logo perceberam tal impossibilidade, e como praticamente todos os homens tem o desejo de serem ricos, perguntaram-se: “quem poderá pois ser salvo?”
É como um ditado que usamos no Brasil: “dar nó em pingo d’água.” Óbvio que isso é um absurdo, algo impossível de se fazer, assim como passar um camelo pelo pequeno buraco de uma agulha.
(b) Temos “Moisés e os Profetas”. Esse é o testemunho que sintetiza o conteúdo de nossa Bíblia Sagrada. Somos o povo do Livro.
Lucas 24.44–45 (NAA)
44 A seguir, Jesus lhes disse: — São estas as palavras que eu lhes falei, estando ainda com vocês: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito a respeito de mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. 45 Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras.
https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/tres-razoes-para-os-cristaos-conhecerem-o-antigo-testamento
As Escrituras testemunham de Jesus.
Enquanto Jesus chamava os seus discípulos, eles conversavam uns com os outros dizendo terem encontrado aquele sobre quem Moisés e os profetas falavam. Evidentemente, os discípulos levaram em conta o testemunho do Antigo Testamento para interpretarem a pessoa e o ministério de Cristo.
João 1.45 (NAA)
45 Filipe encontrou Natanael e lhe disse: — Achamos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José.
Ilustr.:
https://ensinarhistoria.com.br/basilica-de-sao-pedro-para-a-gloria-de-deus-e-da-igreja/
Em 18 de abril de 1506, o papa Júlio II, descendente da família Médici, lançou a pedra fundamental da Basílica de São Pedro dando início à sua construção. Foram necessários mais de cem anos para concluir as obras o que aconteceu em 18 de novembro de 1626, sendo consagrada imediatamente pelo papa Urbano II. A construção deste suntuoso edifício, o maior da cristandade, exigiu enormes despesas e levou a hierarquia católica a pressionar os fiéis para abastecerem os cofres do Vaticano. Foi assim que o comércio das Indulgências se expandiu, o que contribuiu diretamente para desencadear a Reforma Protestante.
Situada na praça de São Pedro, a Basílica cobre uma área de 2,3 hectares (23 mil m2) e pode abranger mais de 60 mil devotos. Foi o maior projeto arquitetônico de sua época e recebeu contribuições de renomados artistas da Renascença tais como Bramante, Michelangelo, Rafael e Bernini. Antes da Basílica de São Pedro Naquele espaço existia o circo construído pelo imperador Nero (54-68 d.C.) em cujo interior e jardins tiveram lugar os primeiros martírios de cristãos em Roma. Ali também foi executado o apóstolo Pedro (São Pedro) no ano 64. Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do circo de Nero, a uns 150 m do local da sua morte. O seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo do seu nome (Petrus em latim, significa “pedra”).
Um método utilizado para financiar a construção da Basílica de São Pedro foi a venda de indulgências (perdão dos pecados). O grande promotor deste método de angariação de fundos foi o arcebispo Alberto de Mainz. Ele nomeou o alemão Johann Tetzel, frade dominicano e pregador, para divulgar e vender indulgências. A agressiva propaganda e os abusos de Johann Tetzel para promover esse “negócio” foi um escândalo que acabou sendo denunciado pelo frei agostiniano Martinho Lutero em 1517. O caso foi fator que desencadeou a Reforma Religiosa e o nascimento do protestantismo.
Romanos 1.17 (NAA)
17 Porque a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: “O justo viverá por fé.”
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